1º de Maio: Dilma oficializa reajuste de 9% no Bolsa Família
Às vésperas de votação no Senado que pode
sacramentar o seu afastamento do governo, presidente anuncia 'pacote de
bondades' e repete terrorismo eleitoral contra adversários
Presidente
Dilma Rousseff participa de ato em comemoração ao Dia do Trabalho e contra o
impeachmento promovido pela Central Única dos Trabalhadores, no Vale do
Anhangabaú, centro de São Paulo - 01/05/2016(Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
Às vésperas da votação no Senado que pode sacramentar o seu afastamento
do governo, a presidente Dilma Rousseff anunciou neste domingo, 1º de maio, o
reajuste de 9% para os beneficiários do Bolsa Família - o aumento entrará em
vigor ainda em 2016. No evento da Central Única dos Trabalhadores, no Vale do
Anhangabaú, em São Paulo, a presidente anunciou também correção de 5% da tabela
do Imposto de Renda para o próximo ano, a contratação de, no mínimo, 25 mil
moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e a extensão da licença-paternidade
de cinco para 20 dias aos funcionários públicos federais.
Com o "pacote de bondades", Dilma busca deixar uma impressão
positiva antes de seu provável afastamento da presidência, além promover um
pretenso contraponto ao vice Michel Temer, a quem a petista acusa de planejar
cortes nos programas sociais - uma alegação negada pelo peemedebista. As
medidas foram acertadas pela presidente em reunião no sábado com o ministro da
Fazenda, Nelson Barbosa, no Palácio do Alvorada.
Vestida de vermelho, Dilma falou por cerca de 30 minutos no palanque
montado pela CUT no Anhangabaú. O ex-presidente Lula também era esperado no
evento, mas, alegando que estava rouco, não compareceu. A presidente repetiu o
discurso de que é vítima de um "golpe" e de que não existe crime de
responsabilidade contra ela. Dilma também retomou o terrorismo eleitoral ao
acusar seus adversários de tentar encerrar programas sociais. "Eles vão acabar
com o Bolsa Família para 36 milhões de pessoas", bradou a presidente.
Sobre os reajustes anunciados, a presidente afirmou que eles já estavam
"previstos" no Orçamento. "Quero lembrar que essa proposta [de reajuste do programa
Bolsa Família] não nasceu hoje. Elas estavam
previstas quando enviamos o Orçamento em agosto de 2015 para o Congresso. Essa
proposta foi aprovada pelo Congresso. Diante do quadro atual, tomamos medidas
que garantam a receita para este ano e viabilizar tudo isso sem comprometer o
cenário fiscal", disse a petista.
(Da redação)
STF barra crédito extra de 100 milhões de reais para publicidade do
governo
Em liminar, Gilmar Mendes impede gastos extras da
Presidência da República
Em
liminar, ministro Gilmar Mendes barrou gastos extras da Presidência com publicidade(STF/VEJA)
O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) barrou em
decisão liminar um crédito extra de 100 milhões de reais que seriam destinados
à Presidência da República para fins publicitários, segundo o site do jornal Folha de S. Paulo.
A decisão foi proferida numa ação direta de inconstitucionalidade
apresentada pelo partido Solidariedade, que questionou o teor da Medida
Provisória 772, publicada pelo governo na última sexta-feira.
A MP liberou créditos extraordinários de 100 milhões de reais para
publicidade e comunicação institucional da Presidência da República, além de
mais 80 milhões de reais para obras de infraestrutura para os Jogos Olímpicos
de 2016.
Na decisão, o ministro afirma que os gastos com publicidade previstos na
medida provisória não são imprevisíveis ou urgentes e também não equiparáveis
às despesas decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Por
isso, a MP não satisfaz o que está disposto no artigo 167 da Constituição.
Os gastos extras de 80 milhões de reais para a Olimpíada não foram
suspensos pelo ministro Gilmar Mendes.
(Da redação)
Marta Suplicy é vaiada em discurso em São Paulo. De novo
A candidata à prefeitura da capital paulista pelo
PMDB não foi bem recebida pelos presentes. Ela já tinha sido hostilizada nas
manifestações pró-impeachment na Avenida Paulista, em março
Senadora
Marta Suplicy (PMDB-SP) discursa durante comemoração do Dia Internacional do
Trabalho, promovido pela Força Sindical, na Praça Campo de Bagatelle, zona
Norte de São Paulo - 01/05/2016(Paulo
Lopes/Futura Press/Folhapress)
A senadora
Marta Suplicy (PMDB-SP) foi vaiada durante discurso no ato organizado pela
Força Sindical na Praça Campo de Bagatelle, neste domingo, em São Paulo. Ela já
tinha sido hostilizada na maior manifestação pelo impeachment na Avenida
Paulista, no dia 13 de março,
As vaias do dia 1º de Maio começaram quando a peemedebista, provável
candidata do partido à Prefeitura de São Paulo, foi anunciada, e continuaram
durante seu breve discurso. Marta disse que "o país tem jeito" e que
há "uma luz no fim do túnel", em referência à possibilidade de o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumir a Presidência.
"Daqui a dez dias teremos mudanças", disse a senadora, sobre a
possível data da votação da admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma
Rousseff no Senado. Marta deixou o evento logo após o discurso, sem falar com a
imprensa.
Marta Suplicy, uma integrante de longa data do PT, pretende disputar a
prefeitura de São Paulo pelo seu atual partido, o PMDB.
(Com
Estadão Conteúdo)
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